UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS)
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
CURSO DE GRADUAÇÃO – LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
PÓLO DE GRAVATAÍ
Representação do Mundo pela Matemática
Docentes
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Crediné Silva de Menezes
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Daniela Stevanin Hoffmann
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Luiz Mazzei
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Marlusa Benedetti da Rosa
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Samuel Edmundo Lopez Bello
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Aluno: Marcos Schilling Martins.
Espaço e Forma – Atividade 10
Agora responda a questão: Como desenvolver a noção de fração com os alunos da série com a qual você trabalha?
Publique a resposta no seu pbwiki individual com link no webfólio.
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Resposta:
Apesar de geralmente trabalhar com alunos da 4ª série dos 8 anos, os quais na grande maioria já possuem alguma noção de fração, eu procuro relembrar um pouco mais sobre o assunto, até porque pode acontecer de algum aluno não ter conseguido entender bem esta parte da disciplina de matemática na série anterior. Desta forma eu utilizo desde materiais concretos, até exercícios, que podem ser realizados utilizando desenhos, histórias matemáticas, etc.
Num primeiro momento eu levo para a sala de aulas pedaços de madeira (macho-fêmea) de pinus, lixados e pintados, os quais eu posso encaixar se necessário. Num primeiro momento eu demonstro aos alunos 6 pedaços ligados através dos encaixes, formando um inteiro, o qual demonstro no quadro negro através de um desenho. Depois com o auxilio de números adesivos, eu vou enumerando as partes que formam o inteiro, para que os alunos percebam se tratar de 6 pedaços. Depois eu solicito a um aluno que se aproxime, divido o inteiro em duas partes, entrego a metade para o aluno citado e pergunto ao restante da turma, com quantos pedaços cada um ficou? Então demonstro no quadro negro a fração: Três Sextos (3/6) e faço os alunos verificarem que o aluno para o qual eu entreguei a outra metade das peças que formavam um inteiro, também possui: Três Sextos (3/6) do mesmo inteiro. Escrevendo as respectivas frações no quadro negro, eu também às represento com desenho, logo abaixo da representação numérica, para que o aluno grave bem o que estou explicando, e faço a seguinte pergunta para a turma:
Se cada um de nós, digo eu e o aluno, possuímos 3/6 de um mesmo objeto, ou seja a metade de um todo. Quando eu juntar novamente as partes, que fração estarei formando? Geralmente uns três alunos, numa turma de vinte e cinco, se mostram meio receosos sobre o resultado, então chamo os mesmos defronte ao quadro negro, e divido as seis partes entre os três, duas partes para cada um. Novamente faço o desenho correspondente no quadro negro e pergunto?
Para representar a metade deste objeto, eu utilizei a fração 3/6, mas agora eu dividi em três partes, e cada um de vocês (alunos), ficou com duas partes. Como eu representarei esta fração numericamente. Neste instante os três me respondem que cada um possui dois sextos (2/6), eu completo o desenho no quadro negro, com os dois pedaços de cada um representados separados do inteiro, logo abaixo de cada pedaço, escrevo a fração numérica dois sextos (2/6), e coloco o sinal de somar entre eles, complementado pelo sinal de igual, o mesmo fazendo com os desenhos, e então solicito aos alunos que executem a soma, desta forma:
O primeiro, unirá os pedaços que estão nas mãos dos colegas, junto com o seu, e mostrará para a turma dizendo o valor alcançado – 6/6.
O segundo realizará a soma dos desenhos expostos no quadro negro, relativos ao mesmo objeto inteiro, escrevendo no devido local, o valor alcançado – 6/6.
O terceiro realizará a soma das frações representadas numericamente ou seja 2/6 + 2/6 + 2/6 = 6/6.
Ao termino desta explicação, com a participação dos alunos, todos geralmente demonstram ter aprendido o principio de fração. Mas eu sempre procuro fazer com que os alunos verifiquem que para ser um inteiro, não necessita formar um único objeto. Assim sendo, eu sempre digo aos alunos que 1 bala é um inteiro, 2 balas também é um inteiro, 3 balas, 4 balas, não importa, o que forma o inteiro é aquele pra quem os objetos, ou coisas pertencem, que também pode ser representado por conjuntos. Neste instante eu retiro do bolso um recipiente com tampa, dentro do qual estão 10 bolas de vidro. Desenho o recipiente no quadro negro, junto com as respectivas bolas em seu interior. Em seguida pergunto aos alunos, o nome do conjunto inteiro ali representado, pelo desenho e pelo pote em minhas mãos? Desta vez todos respondem, dez décimos (10/10). Eu então passo entre as fileiras de mesas, distribuindo 5 potes com 10 bolinhas cada, para grupos de cinco alunos cada. Logo após eu solicito para que um componente de cada grupo divida suas bolinhas entre os componentes deste. Depois disto, o grupo tem que escolher um representante para desenhar no quadro negro a fração correspondente, não é necessário que todos os componentes do grupo receba uma quantidade igual, o importante é que a fração a ser formada, seja diferente das demais formadas por outros grupos, mesmo que o resultado final, após efetuada a soma, no quadro negro, seja o mesmo isto é, 10/10, desta forma pode acontecer de um ou mais componentes ficarem sem bolinhas em suas mãos, mas todos têm de agir como se estivessem com as mesmas nas mãos, pois, costumo pedir para que o grupo ao lado tente acertar quantos estão segurando bolinhas, e quantos não estão? Vamos supor que em um determinado grupo, somente dois componentes estejam com bolinhas em suas mãos, daí eu peço ao aluno do grupo ao lado, vá até o quadro negro, e desenhe o número de bolinhas que cada um tem nas mãos. Pode acontecer de o aluno desenhar duas figuras correspondentes a 5/10 cada, e somar 10/10, mas ao invés de um dos alunos possuir 5, o mesmo pode possuir 8 bolinhas, desta forma o aluno restante está com 2 bolinhas e o aluno do outro grupo não conseguiu adivinhar quantas bolinhas cada um tinha nas mãos, perdendo um ponto, naquilo que eu sempre chamo de jogo do acaso, pois surge sem mais nem porque, mas motiva a criança a tentar adivinhar, e a desenhar, descrever as frações numericamente no quadro negro, somando-as uma a uma, com um largo sorriso no rosto, pois acabam gostando da brincadeira. E assim a aprendizagem vai fluindo naturalmente. De repente eu interrompo a brincadeira e digo a eles que o número escrito acima chama-se numerador, e o número escrito abaixo deste é chamado de denominador, um é referente ao número de partes, e o outro denomina o nome do conjunto ao qual as partes pertencem. Mais tarde eu vou invertendo a brincadeira, ou seja peço aos alunos para que ao invés de somarem, dividam as bolinhas entre os membros dos grupos, mas neste caso o número de bolinhas a ser utilizado no início deve ser exato, para que possam ser representados em uma única conta de dividir. E assim vou fazendo até atingir as quatro operações, gosto de utilizar esta metodologia, pois, a aprendizagem ocorre mais facilmente, mas também utilizo outras, sempre com o auxilio de material concreto e desenhos. Espero em breve poder utilizar a tecnologia que conheci através deste curso para trabalhar com os alunos, pois tenho certeza que será muito bom.
Comments (1)
Anonymous said
at 8:45 pm on Jun 16, 2008
ATIVIDADE EF10. Oi, Marcos! Com certeza na quarta série os alunos já vêm com essa noção mais ou menos definida. Mesmo assim você apresenta algumas situações interessantes. É realmente importante trabalhar frações relativas a quantidades contínuas e discretas. Não entendi direito o que você quis dizer com "Assim sendo, eu sempre digo aos alunos que 1 bala é um inteiro, 2 balas também é um inteiro, 3 balas, 4 balas, não importa, o que forma o inteiro é aquele pra quem os objetos, ou coisas pertencem, que também pode ser representado por conjuntos." Eu entendo que podemos calcular fração de quantidades discretas: um terço de seis balas ou então um quinto dos alunos. Mas acredito que essa frase pudesse ser reformulda. Compreendi a maneira como você aborda a adição; com certeza a maneira de trabalhar a subtração é semelhante. Mas como você faz para trabalhar a divisão e a multiplicação dessa maneira? Penso que os questionamentos e as exeplicações sejam muito diferentes! Não é necessário explicar cada operação, apenas diferencie o trabalho realizado para abordar cada uma. Por que você precisa esperar para usar as tecnologias que você está conhecendo? Sua escola não tem laboratório de informática? Lembro que o banco de atividades (no site e no cd) tem outras atividades bem interessantes para serem levadas para a sala de aula. Um abraço...
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