UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS)
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
CURSO DE GRADUAÇÃO – LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
PÓLO DE GRAVATAÍ
Representação do Mundo pela Matemática
Docentes
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Crediné Silva de Menezes
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Daniela Stevanin Hoffmann
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Luiz Mazzei
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Marlusa Benedetti da Rosa
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Samuel Edmundo Lopez Bello
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Aluno: Marcos Schilling Martins.
Espaço e Forma – Atividade 1
Elabore um texto que responda as questões: Como seus alunos vêem o mundo? E como eles o representam?
Meus Alunos e o Mundo em Que Vivemos:
Redigi este texto baseado nos alunos, com os quais tive contato no ano passado, alunos de 4ª série (oito anos). Os alunos em questão têm uma visão bem ampla do mundo em que vivemos, no inicio, quando os conheci, tinham algumas dúvidas sobre o lugar onde viviam, bem como as diferenças entre o bairro e a cidade, mas consegui ampliar o conhecimento de cada um, através de atividades muito interessantes, que causam o impacto necessário à aprendizagem neste caso. Assim como a professora Tatiana Machado Dorneles, da E.E.F.Engenheiro Ildo Meneghetti, da cidade de Ivoti – RS., resolvi desenvolver atividades que fizessem com que os alunos compreendessem o tamanho em proporção do espaço ocupado pela escola dentro do bairro, o bairro dentro da cidade, a cidade dentro do estado e deste dentro do país. Comecei levando para a sala de aula uma fita métrica de duas fitas métricas com 10m de comprimento cada. Expliquei a eles o motivo dos números expostos na mesma, a partir daí pedi aos alunos que medissem o colega do lado, e escrevesse no caderno a medida do mesmo, bem como se medissem, escrevendo ao lado a sua medida. Ao lado de cada medida, deveria haver uma observação onde seria descrita a diferença em centímetros de um aluno para o outro, se a maior, com o sinal de mais ao lado, se a menor, um sinal de menos. Esta comparação me serviu para saber se realmente os alunos haviam entendido sobre como executar a medição corretamente, bem como o valor proporcional de cada individuo separadamente. Partindo deste ponto, ou seja o aluno, resolvi que deveríamos ampliar os conhecimentos, dizendo a eles, pois bem, se eu pedir para vocês (alunos), desenharem em uma folha de papel alguém com o tamanho de qualquer um de vocês, irá ficar difícil, pois, todos são maiores que uma folha de papel, desta forma suas imagens não irão caber dentro da folha, mas se eu disser que quero, que vocês desenhem a mesma coisa, só que representando o tamanho em uma escala proporcional, desde que novamente eu explique sobre como isto é possível, acredito que todos irão conseguir executar a atividade. Assim eu fiz, expliquei que eles poderiam representar em um desenho, suas alturas em centímetros, desta forma um metro seria equivalente a um centímetro, e o restante, aquilo que seriam centímetros, passaria a milímetros, escala sem por um (100 cm substituído por 1 cm), ou (um metro por um centimetro), os alunos compreenderam bem o funcionamento da escala e começaram a desenhar não só figuras representando os colegas, mas também objetos da sala de aula, como por exemplo: mesas e cadeiras. Resolvi então propor a eles, que fizessem o espelho da sala de aula, ou seja o desenho dela em uma folha de papel oficio, tamanho A 4, onde ao invés de desenharem os colegas, desenhariam a sala de aula, e escreveriam nas figuras relacionadas às mesas, os nomes dos (as) alunos (as) que utilizam as mesmas naquela posição, em sala de aula. Os alunos fizeram a atividade de forma muito significativa, com muito capricho, foi quando eu lembrei a eles, que a sala de aula ficava dentro de uma escola, e assim sendo perguntei a eles se seriam capazes de desenharem a escola, para facilitar as coisas, solicitei a eles que desenhassem a escola, como se as tivessem vendo de cima, ou seja: telhados, corredores, pátio, quadra esportiva, estacionamento, etc., fiz um desenho explicando sobre como deveria ser verificar um objeto do alto, para demonstrar isso de maneira mais consistente, pedi aos mesmos que analisassem uma caixa de papel onde haviam janelas desenhadas, vista de frente, e após, vista de cima, colocada no chão da sala de aula. Os alunos decidiram que para ficar mais fácil, seria bom que medissem a escola, externamente, ou seja, os corredores, as salas, o pátio, etc., e assim foi feito. Dividi a escola em cinco setores, bem como a turma em grupos, para cada grupo foi sorteado um setor para fazer a medição e desenhar o que avistou na escala cem por um centímetro ou (um metro = um centimetro). No final, os desenhos (desenhados em cartolina branca), se encaixavam, pois, estavam seguindo a mesma escala, desta forma solicitei aos membros das equipes, que fizessem demarcações sobre como chegar a cada setor, bem como descrever os nomes das salas que havia nestes setores, quando fosse prédio com mais de um andar, deveria ser colocada uma barra, e escrito T para a sala do Térreo, e 1 para a sala do primeiro andar. Os desenhos ficaram muito bons, dava para ter uma idéia muito boa de como é grande a escola, bem como o que existe em cada compartimento. Consegui junto ao Departamento de Urbanização da Prefeitura de Gravataí, o mapa do bairro onde fica localizada a escola, mostrei o mesmo para os alunos, que perceberam a diferença entre o tamanho do mesmo em relação ao mapa desenhado da escola, bem como localizaram a escola no referido mapa, mas em escala muito menor. Com o auxilio de uma régua, demonstrei a eles que um metro, ou seja cem centímetros estavam representados por um milímetro no mapa do bairro, assim sendo, um milímetro equivalia a um metro, se fosse ampliado ao tamanho real. Expliquei aos alunos sobre os pontos de referência, os quais eles já estavam utilizando sem se dar conta, cada vez que escreviam sobre as salas no desenho do mapa da escola. Também expliquei sobre a localização dos pontos cardeais, para que soubessem representar com setas, para que lado fica tal casa, no mapa que iriam confeccionar, o qual serviria para saber onde os mesmos moram, se perto ou longe da escola. Caso o aluno morasse muito longe, precisando inclusive de veículo alto-motor para se locomover, que não desenhasse tudo o que avistasse no caminho, pois, não conseguiria desenha tudo no pedaço de papel, sendo assim apenas desenhasse o inicio de sua viagem, e após escrevesse sobre as linhas de ônibus que passam próximas a suas casa, bem como a parada onde moram, as ruas ou avenidas, desenhando parte das ruas mais próximas de suas casas, bem como citando alguns pontos de referência, como por exemplo: outra escola, um ponto comercial, um banco, uma igreja, etc., assim dos alunos passaram a ter noção do tamanho da escola em relação ao bairro, e do bairro em relação à cidade. Mostrei a eles então o mapa da cidade, onde está demonstrada a escola, bem como o bairro onde a mesma situa-se, expliquei a eles que nos mapas das cidades, vem descritos símbolos que facilitam a orientação para a localização dos lugares onde queremos chegar, como por exemplo: as ruas, a numeração das mesmas, o lado para onde aumenta, bem como para onde diminui, os lugares onde existem semáforos, linhas de ônibus, igrejas, praças, bosques, escolas, postos policiais, postos de saúde, hospitais, etc., a seguir mostrei aos alunos o mapa do estado do Rio Grande do Sul, após, o mapa do Brasil e por último o mapa contendo o mundo inteiro, assim eles puderam saber com exatidão o local onde localizam-se, e o quanto nosso planeta é majestoso. Os alunos nesta fase, já conseguiam localizar no mapa do país, o estado do Rio Grande do Sul, no mapa do estado, a cidade de Gravataí, e no mapa da cidade, o bairro Pq. Garibaldino, e no mapa do bairro a escola. Para demonstrar melhor a visão de mundo, através dos olhares dos alunos, construímos um painel, onde colamos, fotos, figuras e imagens de coisas comuns de serem encontradas em várias partes do mundo, como por exemplo: vestimentas, casas, prédios, depósitos, carros, plantas, animais, insetos, seres humanos, paisagens, sendo que em um lado do painel, constavam apenas artigos relacionados ao Brasil, e em uma parte, artigos relacionados ao Rio Grande do Sul, e dentro desta, artigos relacionados a cidade de Gravataí, nesta parte alguns alunos colocaram fotos suas, escreveram os nomes de parentes e amigos, bem como frases em homenagem a este lugar, além de algumas críticas construtivas, buscando melhorar o mesmo.
Comments (1)
Anonymous said
at 1:35 am on May 23, 2008
ATIVIDADE EF1. Olá, Marcos! Adorei seu texto! Essa experiência é prova de que as crianças não têm muita noção do que está representado nos mapas que vêem e, muitas vezes, não percebem a diferença entre o mapa do Brasil e o mapa do Rio Grande do Sul. Acredito que a vicão que os alunos ficam depois de atividfades como a descrita é completamente diferente do que tinham. A representação também ajuda a melhor compreender, pois a escala colocada em prática é que traz sentido aos mapas onde aparece o mundo inteiro! Aproveito para lembrar que o mapa Mundi é lindo e riquísimo! Os alunos adoram localizar os países de que ouvem falar na televisão e também descobrem diferenças entre países, continentes, cidades, etc. O que você acha de apresentar mapas diferentes de um mesmo lugar? (Exemplo: mapa físico do Brasil, mapa do relevo, mapa hidrográfico, etc). A tecnologia hoje ajuda muito nesse trabalho; os sites do mapas.ibge e o maps.google são ótimas fones para atividades emelhantes à proposta. Parabéns!
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